Pesquisa da Universidade de Oxford mostra que, em média,
hidrelétricas em todo o mundo estouram o orçamento e ficam 96% mais caras. No
Brasil, essa porcentagem é ainda maior: 101%
A usina hidrelétrica de Itaipu, em
Foz do Iguaçu, Brasil (Foto: Keiny Andrade/LatinContent/Getty Images)
Quando a usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, foi
leiloada em 2008, o investimento previsto para a construção do projeto era de
R$ 9 bilhões. Pouco depois do leilão, a empresa vencedora da concessão, a
Energia Sustentável do Brasil, anunciou uma mudança no local do projeto que
faria com que a usina custasse menos e produzisse mais energia. Não foi o que
aconteceu. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a usina está
custando quase o dobro do inicialmente previsto, R$ 17,4 bilhões, e conta com
atraso de mais de um ano. Jirau não está sozinha. Um estudo publicado nesta
segunda-feira (10) mostra que grandes usinas hidrelétricas estouram o orçamento
e atrasam em todo o mundo, o que faz os pesquisadores questionar: vale a pena,
do ponto de vista econômico, construir grandes barragens?