quinta-feira, 14 de julho de 2016

Intercâmbio de graça? Porque não na UFPR?

Você já pensou na possibilidade de fazer um intercâmbio de graça? Ou na oportunidade de iniciar sua carreira profissional em uma grande empresa? Conheça mais sobre os Programas de bolsas e estágios do Santander Universidades. 


O Programa de Bolsas Luso-Brasileiras é um dos mais tradicionais Programas de Mobilidade Internacional do Santander Universidades que tem por objetivo estimular o intercâmbio acadêmico e cultural entre o Brasil e Portugal. Neste ano (2016) o Programa completou sua 11º edição, beneficiando mais de 1000 alunos de instituições públicas do Brasil. Foram 165 bolsas de estudos com valor de 3300 mil euros por aluno/por semestre. Os alunos selecionados neste ano, irão viajar em agosto deste ano e retornarão em setembro de 2017. 


O Programa de Bolsas Ibero-Americanas foi criado em 2011 e conta com a integração Ibero-americana (Brasil, Peru, Argentina, Espanha, Chile, Colômbia, México, Portugal, Porto Rico e Uruguai). Neste ano foram 850 bolsas destinadas à instituições públicas brasileiras no valor de 3000 euros por aluno/por semestre. Alunos selecionados neste ano viajarão em setembro deste ano e retornarão em dezembro de 2017. 


O Programa de Bolsas Internacionais foi lançado em 2010 e beneficia cerca de 300 alunos de instituições públicas anualmente, podendo ser do Brasil, Espanha, México e Reino Unido. Estudantes da graduação e pós graduação estão convocados, porém o discente deve ter bom rendimento acadêmico, condições econômicas desfavoráveis e bons conhecimentos em outros idiomas. A bolsa equivale a 5000 euros por aluno/por semestre. As inscrições estão abertas.

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O Programa de estágio do Santander Universidades foi lançado em 2011 na Espanha e hoje contempla 8 países (Brasil entre eles). A bolsa tem duração de 4 meses com carga horária de 4 horas por dia com valor de R$882,00 incluindo auxílio transporte e recesso remunerado. Neste ano o programa pretende disponibilizar 1000 vagas (sendo 100 destinadas ao agronegócio)

Universidades como USP, UFRJ, UFRR, UFPE, PUC, entre outras, estão inclusas nesses programas. Mas porque a UFPR não está na lista?

Em 2011 o site da UFPR lançou nota a respeito da disponibilidade de bolsas (veja aqui)
Em 2013 três professores receberam a bolsa (saiba mais aqui), mas o que aconteceu com o vínculo entre a universidade e o banco? Porque não temos mais o benefício e como podemos correr atrás? Queremos saber mais sobre essa e outras oportunidades. 










terça-feira, 12 de julho de 2016

Fundação Iberê Camargo

No ultimo feriado do dia 26/05 foi realizado o Encontro Regional Sul dos Grupos PET, na cidade de Porto Alegre. O grupo PET Engenharia Civil da UFPR marcou presença no evento e aproveitou para conhecer a capital do Rio Grande do Sul. Um dos pontos visitados pelo grupo foi a fundação Iberê Camargo, construída às margens do lago Guaíba. A fundação foi criada em 1995 e tem como objetivo preservar e divulgar a obra do artista que dá nome a ela. Entre as atividades realizadas pela organização estão exposições e seminários, além de outros eventos que buscam estimular a interação do público com as obras ali expostas.

Nós, como futuros engenheiros civis, não conseguimos deixar de nos impressionar com a estrutura que sedia a fundação e recebe as obras. A edificação, projetada pelo arquiteto mundialmente reconhecido Álvaro Siza, chama a atenção pela arquitetura singular. Mas não é só esteticamente que o prédio se destaca. O projeto respeita todas as normas internacionais de segurança e atendimento, além de se preocupar com o meio ambiente, apresentando soluções de engenharias em vários sistemas do prédio.


Membros do PET Civil UFPR em frente ao museu
Começando pela iluminação: o prédio possui poucas janelas, basicamente a única entrada de luz natural se dá por uma clarabóia de vidro leitoso no último andar, a luz natural não é tão aproveitada na iluminação uma vez que pode vir a danificar algumas obras que eventualmente são expostas. O sistema de iluminação do prédio é todo controlado por sensores, ajustando a luminosidade para que continue a mesma em todos os horários do dia, além das lampadas serem posicionadas a fim de não produzirem sombras.

Outra peculiaridade do prédio é o reaproveitamento da água da chuva para várias finalidades. Ela é usada nos banheiros, que contam também com uma estação de esgoto, tratando sólidos e líquidos no próprio prédio. A água ainda é usada no sistema de refrigeração, circulando por paredes da edificação, ajudando a controlar a temperatura interna e enquanto economiza energia.

O controle de temperatura é outro diferencial. O ar condicionado produz gelo durante a noite, quando a energia é mais barata, usando-o para manter a temperatura regulada durante o dia. O isolamento é feito com lã de rocha, além do sistema já citado da circulação da água por meio de tubos embutidos nas paredes.

Mas é claro que a arquitetura do prédio é o que mais chama a atenção a primeira vista. O museu se ergue em um maciço de concreto branco, no qual foram usadas pedras da região para tingir o concerto, misturando curvas e retas, simetria e assimetria. Usando sistemas estruturais inovadores que garantem grandes espaços internos, contribuindo para a atmosfera do local.

Resumindo, a Fundação Iberê Camargo impressiona não só pelas obras de arte nela expostas, mas também pelas inovações que o edifício sede apresenta, propondo novas soluções de engenharia, impressionando engenheiros e arquitetos que a visitam. Sem dúvida nenhuma é um ponto turístico recomendado pelo PET Engenharia Civil da UFPR 

terça-feira, 5 de julho de 2016

Origamis para estruturas?

Saiba mais sobre o origami-resistente utilizado na Engenharia Estrutural!

Também chamada de “zippered tube”, ou tubo de zíper (este nome deve-se ao funcionamento conjunto dos tubos, que se comportam como um zíper), esta tecnologia já está sendo desenvolvida há um bom tempo por pesquisadores da Universidade de Illinois, da Universidade de Tóquio e do Instituto de Tecnologia de Geórgia. Esta técnica de construção, de acordo com os estes estudiosos, permite que uma folha de papel se transforme em uma estrutura com uma resistência de duas vezes maior que a resistência inicial.


O origami para este tipo de estrutura foi baseado na dobradura Miura-ori, que consiste em dobras ziguezagueadas das tiras de papel. Esta técnica foi criada nos anos 80 por Koryo Miura, um astrofísico japonês, e permite, através das dobras, reduzir o tamanho de uma folha de papel em um pequeno pedaço. O mais interessante neste sistema é que, quando se aplica uma força, ela se curva para qualquer lado. A rigidez da dobradura pode ser aumentada utilizando incrementos de papel, colando uma outra peça nela, formando assim um tubo.

Com a utilização de origamis na engenharia, podemos ter fachadas que alteram a sua forma e também a criação de pontes e abrigos para situações emergenciais. Além disso podem ser produzidas estruturas leves capazes de suportarem cargas de magnitude considerável.


“A habilidade de mudar funcionalmente em tempo real e uma grande vantagem do origami”, afirma Filipov. ” Tendo essas estruturas transformáveis, você pode mudar a sua funcionalidade e torna-la adaptável. Elas são reconfiguráveis. Você pode mudar as características do material: Você pode fazer com que sejam mais rígidos ou flexíveis, dependendo do uso proposto”.

O que se espera desta tecnologia, é que possam ser feitas outras combinações de tubos, com variados ângulos de dobramento, afim de construir novas estruturas. Além disso, espera-se que a técnica seja aplicada em outros materiais, como plástico e metal, para que possam ser aplicados na construção de robôs microscópicos.

Confira abaixo um vídeo ilustrativo referente à este sistema:


Para mais informações, acesse: http://gizmodo.uol.com.br/origami-super-resistente/
sexta-feira, 1 de julho de 2016

Longo período para recolocação no mercado e profissionais aceitando ganhar menos - os reflexos da crise econômica


Imagem: Arrecadação de empresas do segmento caiu 50% em 2015.

O setor da engenharia de projetos na construção civil tem sido um dos mais afetados pela crise na economia brasileira. Prova disso é que o salário dos profissionais que buscam o primeiro emprego ou recolocação no mercado caiu até pela metade nos últimos seis meses, segundo levantamento da consultoria Page Personnel. 

Na pesquisa, em que foram avaliadas remunerações de 10 mil candidatos entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016, constatou-se que a expectativa salarial do engenheiro de projetos vai de R$ 6 mil a R$ 8 mil. Há um ano, no entanto, a variação acontecia entre R$ 8 mil e R$ 12 mil.

José Roberto Bernasconi, presidente nacional do Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia), vê o frágil momento político como um dos motivos para a redução de salários. Ele acredita que as grandes empresas envolvidas em escândalos de corrupção afetam toda sua cadeia de fornecedores: "No caso da Petrobras, quando ela perdeu seus contratos, parou a fabricação dos navios-sonda, das plataformas de petróleo e das compressas de refinarias. Todo mundo que estava subcontratado dançou. Houve queda dessas contratantes, então foram jogados no mercado profissionais qualificados sem alternativa, devido a especialização em petróleo [neste caso]".

Fora das áreas nas quais são especialistas, estes engenheiros são obrigados a se realocar em outros cargos, aceitando salários mais baixos em grande parte dos casos. "É uma questão de sobrevivência. Quem é recém formado não tem experiência e tem mais dificuldade, mas qualquer profissional que fique parado por muito tempo vai consumir suas reservas financeiras e se desatualizar. Assim, ele deixa de se manter em forma, como um atleta. Ele vai perdendo técnicas e aceita uma colocação por remuneração menor esperando novos tempos", explica Bernasconi. 


Além disso, o gerente da consultoria também vê o mercado de engenharia com um posicionamento diferente dos demais em relação ao perfil de profissional desejado: "Diferente da maioria das outras áreas no Brasil, as empresas de engenharia buscam profissionais com mais tempo de vida profissional. Outras dão muita chance para os jovens, mas o engenheiro tem sofrido para ingressar na carreira. Ele se forma e não consegue avançar por falta de oportunidade no início. Pessoas com muita experiência sofrem, pessoas com pouca experiência sofrem mais".O tempo médio para recolocação de um engenheiro de projetos realmente se tornou um problema: antes a recolocação se dava em um ou dois meses. Atualmente, eles ficam desempregados de 3 a 12 meses. Lucas Oggiam, gerente da Page Personnel, reforça a ideia e ainda diz que o profissional aceita ganhar em torno de 10% a 20% a menos em comparação ao salário anterior tamanha é a demora do processo seletivo. "Aqueles que analisam o mercado não sabem o que vai acontecer. Existem diversos cenários, mas nada é certo. Quem está procurando um nova oportunidade, é melhor que se agarre ao que tem", afirma.


Para Bernasconi, o engenheiro de projetos tem a possibilidade de fugir da crise no setor buscando colocação em outras áreas: "Ele é um solucionador de problemas. Pode atuar na administração, pode ser gestor. Ele se adapta, tem capacidade de empreendedor. Os bancos sempre foram empregadores de engenheiros, principalmente por conta da formação matemática". No entanto, o presidente do Sinaenco ressalta que, mesmo assim, este profissional não deve esperar facilidade na hora de buscar outros empregos. "Não basta ser engenheiro para ter uma colocação. Com menos experiência, você tem mais dificuldade. Pode até não conseguir emprego, mas pode, sim, tentar se virar em outras áreas", completa.

Faturamento das empresas

A arrecadação das empresas que atuam no ramo também caiu pela metade em 2015, segundo pesquisa do Sinaenco. Foram avaliadas mais de 500 empresas nacionais dos mais diversos portes. 

Bernasconi acredita que a redução seja fruto de problemas generalizados na economia do país: "Em 2014, o crescimento da economia foi de apenas 0,1%. Em 2015, houve queda de 3,8%. Já existem previsões de redução para 2016 que vão de 4,3% a 4,5%, além do arrastamento para o ano de 2017. Com isso, o desemprego segue aumentando e atividade econômica em declínio. Houve decisões muito equivocadas na administração. Há interferências externas, desmanche por decisões na produção de energia, desestruturação do setor energético...quando a economia trava, a arrecadação caminha para trás. Deixamos de receber e repassar".


A solução para os problemas no setor, diz Bernasconi, passa pelo governo. "Se não houver investimento, você diminui a oferta (...) Tem que corrigir a previdência, os gastos públicos e fazer uma reformulação em todos os sistemas",avalia.

Adaptado de http://economia.ig.com.br/carreiras/2016-03-19/crise-derruba-pela-metade-salarios-no-setor-de-engenharia-de-projetos.html