quinta-feira, 31 de março de 2016

XI Ciclo de Palestras: Curitiba, a Experiência em Gestão Urbana

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC) é a instituição responsável pelo planejamento urbano da capital paranaense. A instituição convida a todos para participar do XI Ciclo de Palestras: Curitiba, a Experiência em Gestão Urbana, que ocorrerá no dia 13/05/2016, no período da manhã. A programação do evento envolve temáticas de transporte público e meio ambiente com a participação de especialistas de diversas entidades da cidade.


O objetivo do evento é expor aos alunos o processo de planejamento e gestão da cidade de Curitiba nos temas de Planejamento Urbano, Transporte e Meio Ambiente. As informações discutidas podem servir de suporte para atividades e reflexões nas Universidades e demais instituições acadêmicas.
As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Inscreva-se!

Local: Salão de Atos do Parque Barigui
Data: 13/05/2016
Horário: 08:30 às 12:30



terça-feira, 22 de março de 2016

Sustentabilidade na Engenharia Civil, pode sim! Já ouviu falar do Showerloop?

A sustentabilidade é o conceito em alta da Engenharia Civil e, com certeza, deve ser levado em conta nas novas construções e até mesmo na manutenção de edificações já existentes. Afinal, os engenheiros, arquitetos, pesquisadores e demais desenvolvedores de tecnologia precisam ter em mente que os recursos existentes no planeta não são permanentes, muito pelo contrário, estão cada vez mais em escassez.

Com isso em mente, novas tecnologias para racionalizar o uso de recursos naturais tem sido desenvolvidas. O Showerloop é uma delas! É um mecanismo que foi desenvolvido e lançado recentemente no continente europeu que permite banhos prolongados sem que o usuário precise se preocupar com o consumo de água.

Showerloop pronto para ser utilizado
Este chuveiro consome 10 litros de água, aproximadamente o mesmo que chuveiros convencionais consomem por minuto de funcionamento, e a água é redirecionada para o próprio chuveiro. Mas a água não escoa pelo ralo e volta diretamente para a cabeça do chuveiro, caso contrário seria anti-higiênico.

Mas se a água não sai do ralo e volta direto para o chuveiro, como o banho pode ser contínuo e higiênico ao mesmo tempo? O X da questão está na filtragem da água a partir do momento que ela entra pelo ralo. Inicialmente, a água escoa por uma tela que retém fios e pelos. Depois disso, ela passa por uma sequência de filtro de geotêxtil, areia e carvão ativado, os quais conseguem reter impurezas e partículas de sabão. Contudo, a água ainda não fica totalmente limpa, por isso, foi colocada uma lâmpada ultravioleta que esteriliza o líquido que, então, é bombeado e volta para a ‘cabeça’ do chuveiro.

Filtros com geotêxtil, areia e carvão
Foi uma inovação muito interessante de pesquisadores europeus, mas ainda apresenta um alto custo (cerca de 1500 euros só o produto, sem a instalação). O ideal é que nós, engenheiros e estudantes de engenharia, tomemos iniciativas como o Showerloop como inspiração e continuemos buscando desenvolver mecanismos acessíveis que possam auxiliar no dia-a-dia das pessoas e incentivar a redução do impacto ambiental, o qual é um dos fatores mais afetados pela indústria da construção civil.

Testes para o desenvolvimento do chuveiro
Se quiser saber um pouco mais sobre o desenvolvimento do Showerloop, pode acessar o site do Showeloop.


sexta-feira, 18 de março de 2016

World Trade Center - PATH Station: A estação de 4 bilhões de dólares

Próximo das antigas Torres Gêmeas, a mais nova estação de trem de Nova York gera duas sensações. A primeira de admiração, visto que o projeto é belíssimo, com técnicas de engenharia e desenhos arquitetônicas ousados, e a segunda de indignação, já que o custo das obras chegam a 4 bilhões de dólares.


World Trade Center - PATH Station

Inaugurada semana passada, com mais de 7 anos de atraso, a obra majestosa em uma das maiores cidades do mundo causa deslumbre aos olhos. A construção se iniciou em 2006, e a arquitetura é do espanhol Santiago Calatrava que também assina o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. A inspiração, segundo ele, vem do voo de um pássaro, numa alusão a pomba da paz, visto a tragédia no local em 11 de Setembro de 2001.


Construção da estação


A construção conta com um pé-direito de mais de 50 metros e é possível ver em diversos pontos que ainda não está finalizada, com andaimes e trabalhadores no local dando os últimos retoques. A estrutura de aço e vidro junto de muito branco enobrece o espaço o tornando mais um ponto turístico da cidade.

Destaque para os prédios do Completo World Trade Center

A população americana vem discutindo o preço da obra e questionando-se da real necessidade deste gasto dentre tantas prioridades. A obra, por exemplo, não representa um polo de transportes na cidade, será apenas a 18º estação em termos de movimento.  

A razão para esse valor alto pode ser a complicação dos projetos de Santiago Calatrava. Já os trabalhadores afirmam que o furação Sandy foi um dos grandes culpados tanto para o atraso quanto o aumento de custo da obra.

Saguão Principal chamado de Oculus

O complexo é composto de um emaranhado de interligações subterrâneas entre outras estações de metrô de Nova York e trem suburbanos PATH para Nova Jersey. Tais interligações não serão gratuitas e estão inacabadas mesmo com a inauguração do local. A estação ainda contará com um Shopping Center de 34 mil m².

Memorial das Vítimas de 11 de Setembro, ao fundo a estação
Dentre todos esses problemas fica a lição de uma obra com falta de planejamento adequado e excesso de gasto de dinheiro público, já que a centenária Grand Central, em valores atualizados, custou o equivalente a metade desse valor e até hoje é considerada a maior estação ferroviária do mundo.

Grand Central



quinta-feira, 3 de março de 2016

Será que é possível estocar vento?

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, Reino Unido, estão desenvolvimento de um sistema com ar líquido para estocar a energia proveniente de fontes como o Sol e o vento. Este estudo já foi testado em plantas e, possivelmente, será comercializado em meados de 2018. A proposta dos projetistas é contribuir para a superação de altos e baixos no abastecimento provocados pela inconstância das fontes renováveis. A opção pelo ar líquido para a estocagem deve-se a disponibilidade de consumo da energia, que estaria disponível tanto em dias nublados como em dias mais calmos. 


A ideia consiste no vento ser estocado em uma caverna através de tubulações de máquinas, gerando energia em lugares onde não há ocorrência desse fenômeno. Segundo os técnicos, haverá necessidade de uma tubulação para que sempre tenha vento entrando na caverna e suprindo o estoque. A energia gasta será reciclável para outros fins, e a construção totalmente inserida na natureza, sem danos. A energia pode ser catalisadora, ou pode ser até perigosa. Mas o vento é sempre necessário. O vento e o ar suprem necessidades e criam a energia necessária para tudo que se movimenta. "Sem dúvida alguma é uma grande invenção!", diz o locutor. 

O vídeo a seguir, do canal BBC, mostra uma maneira semelhante ao plano europeu.




No Brasil, devido às dificuldades encontradas para a substituição de hidrelétricas por fazendas de geração de energia eólica, a notícia de que já é possível estocar vento é ótima para um país cuja produção tem de 6 mil megawatts de energia eólica instalada e em operação. Ou seja, a energia que é produzida a partir das usinas de vento brasileiras é equivalente a cinco vezes a capacidade máxima da Hidrelétrica de Furnas, em Minas Gerais, e já é suficiente para abastecer em torno de 35 milhões de pessoas. O Rio Grande do Sul sozinho foi capaz de atingir 2000 MW em abril de 2015 e no final do ano o país entrou como os dez maiores geradores desse tipo de energia no mundo.

Para saber mais acesse: http://www.dm.com.br/opiniao/2015/10/dilma-esta-certa-ciencia-mostra-que-ja-e-possivel-estocar-vento.html