sexta-feira, 29 de maio de 2015

O Engenheiro Social

Aberturas de crateras nas ruas, falta de planejamento de água, poluição dos rios e prédios mal estruturados. A questão é: a responsabilidade do engenheiro se estende até onde em tais catástrofes? Em meio a novas tecnologias e a formação técnica, vêm a tona a responsabilidade social na formação do engenheiro, desde que, além de ser capaz de criar  mecanismos capazes de satisfazer as necessidades humanas, é necessário que esses profissionais tenham preocupação com a sustentabilidade, além de uma visão crítica, aberta e humanista.



Seja qual for a especialização do engenheiro, é imprescindível que ele compreenda seu poder de transformação do mundo. Cobrar de um engenheiro essas qualidades é tão necessário quanto cobrar um bom ensino numa instituição do tipo, já que as consequências de seus esforços podem influenciar (como geralmente influenciam) uma grande parte da sociedade. Nesta perspectiva, o engenheiro moderno precisa pensar além de seu tempo, nos recursos materiais, no pessoal, no funcional, no estético, no econômico, no planejamento, e antes de tudo, no constante treinamento.
A partir do momento em que a formação técnica e humana é formada continuamente, será desenvolvida a habilidade conceitual, que diz respeito ao alinhamento das características individuais ao mundo externo a sua volta.


     
     
Habilidades esperadas de um engenheiro

Além de estar em sintonia com os valores e crenças, o engenheiro deve estar atento também às consequências de suas ações, que refletem nas expectativas que a sociedade cria sobre ele, como envolvimentos pró-ativos na comunidade, entendimento de normas e leis. A figura abaixo ilustra essa expectativa.


Engenheiro socialmente responsável

André Rebouças, formado em 1860 em engenharia na Bahia, é um exemplo de engenheiro socialmente responsável. Foi o primeiro a solucionar o problema de falta de água através de mananciais fora da cidade e elaborou a primeira proposta para a criação de uma reserva florestal protegida pela União, o que se tornaria realidade 60 anos depois, com a criação do Parque Nacional do Iguaçu. Isso mostra justamente um exemplo que transcende a questão técnica e econômica, pois para ser um bom profissional/cidadão é preciso antes de mais nada ser humano e entender as necessidades básicas de todos os níveis de conjuntos sociais.

Fontes:
COBENGE 2011
Engenharia verde
Engenharia social
Responsabilidade social na formação do engenheiro






terça-feira, 26 de maio de 2015

Ciclo de Palestras: Patologia das Construções



                Na última semana, do dia 18/05 até o dia 21/05, foi realizado pelo grupo PET Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná, o Ciclo de Palestras sobre Patologia nas Construções: Uma especialidade da Engenharia Civil. Esse ciclo contou com palestrantes de destaque na área de manifestações patológicas na Engenharia Civil e com mais de 200 inscritos dentre eles alunos de graduação (UFPR e outras universidades), professores, profissionais da área, mestrandos etc.

                O ciclo teve duração de 4 dias sendo que no primeiro dia (18/05) tivemos a presença do Prof. Dr. Marcelo Medeiros, Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Engenharia de Construção Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Atuou nos trabalhos de Inspeção, Diagnóstico e Projeto de Recuperação de Obras de arquitetos como Oscar Niemeyer, Villa Nova Artigas, Fresnedo Siri e Rubens Meister. Sua palestra foi intitulada “Patologia das Construções: Uma especialidade da Engenharia Civil”, e explanou, de forma muito didática e visual, alguns dos possíveis tipos de manifestações patológicas que podem ocorrer em construções, e quais as maneiras de estudá-las. 


                O segundo dia contou com um profissional muito conhecido da Engenharia Civil, Prof. Dr. Paulo Helene, Engenheiro Civil, especialista em “Patología de las Construcciones”, Instituto Eduardo Torroja, Madri. PhD, pós doc Universidade da Califórnia, Berkeley. Prof. Titular Universidade de São Paulo, educador, investigador renomado e respeitado consultor de estruturas de concreto. Sua palestra “Análise da resistência e segurança de estruturas existentes”, teve um foco muito técnico de análise da resistência e as possíveis manifestações patológicas que podem ocorrer devido à falta de cuidados na hora de preparo do concreto, e as diferenças de resistência de um concreto de corpo de prova e de um concreto aplicado em obra.


                Para o terceiro dia do Ciclo tivemos a presença do Prof. Dr. Ronaldo Medeiros Júnior, Doutor em Engenharia de Infraestrutura Aeroportuária pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Realizou pós-doutorado no ITA, na área de durabilidade de estruturas de concreto armado. Atua na área de durabilidade de estruturas de concreto armado, materiais de construção e reciclagem e reaproveitamento de Resíduos da Construção Civil (RCC). Ministrou a palestra, “Influência das mudanças climáticas na penetração de cloretos em estruturas de concreto armado”, que teve um foco em estruturas que ficavam em contato direto com o mar, e devido a isso sofriam ataques por cloretos. Foi uma palestra muito informativa e de um tema bem específico.

                Para o último dia tivemos a presença do Prof. Dr. Juarez Hoppe Filho, que é Engenheiro Civil e Mestre em Engenharia de Construção Civil pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e Doutor em Engenharia de Construção Civil pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, realiza estágio pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Sua palestra teve um viés bem técnico e explanou uma pesquisa que ele está realizando em conjunto com vários outros profissionais sobre a corrosão no concreto, por agentes químicos, em estações de tratamento de esgoto. Sua palestra foi intitulada “Degradação de concreto em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE)”.

O ciclo foi uma oportunidade de expor para a graduação as possibilidades que a engenharia trás na área de recuperação de estruturas. Hoje a quantidade de obras com manifestações patológicas em sua estrutura é muito grande, seja por construção inadequada, falta de projeto, mudança do terreno etc. Dessa forma essa área se torna muito importante pois leva em conta muitos aspectos técnicos, executivos, estéticos e sociais.
sexta-feira, 15 de maio de 2015

XIV Ciclo de Seminários - Meio Ambiente e a Engenharia Civil

O PET Engenharia Civil convida todos à participarem do nosso XIV Ciclo de Seminários, que nos levará a compreender a importância da sustentabilidade e do meio ambiente na Engenharia Civil. O Ciclo contará com palestrantes de diversas universidades. 


Para o primeiro dia o graduando da UFPR Brian Troib abrirá a palestra com seu projeto de TCC: ‘Avaliação das características de sustentabilidade do projeto “Campo de Santana Sul- COHAB Curitiba"’. No segundo dia trazemos Alex Souza, administrador da Companhia de Saneamento do Paraná - SANEPAR, que nos mostrará a importância do aproveitamento de resíduos da construção Civil. Explorando as outras áreas da Engenharia Civil, Brunah Wagner, mestranda em Engenharia Civil na UTFPR fará uma apresentação sobre a geração do biogás em aterros de resíduos sólidos urbanos. Direto da UNILIVRE, no quarto dia Raphael Neto traz maneiras de promoção da sustentabilidade em diferentes setores através da discussão ambiental. Para o fechamento do Ciclo, a arquiteta e urbanista, Katia Punhagui, professora na UEL, ministrará a palestra “Construção e Sustentabilidade”, nos levando a aprimorar nossa consciência ambiental.

Aproveitando as inscrições para o Ciclo, estamos arrecadando alimentos para doar para Fundação de Ação Social (FAS), então não deixe de fazer a sua parte! Estaremos recebendo os alimentos na sala do PET e também em todos os dias das palestras.

As inscrições serão abertas em breve, mas fiquem atentos quanto a data de abertura das mesmas.

Data de realização: 25 a 29 de maio
Local: Auditório CESEC
Horário: 12h