segunda-feira, 25 de junho de 2012

Primeiro arranha-céu do novo World Trade Center é finalizado em Nova York

Construção da Torre 4 é concluída quase 11 anos após os atentados terroristas que mataram cerca de três mil pessoas

O arranha-céu desenhado pelo arquiteto Fumihiko Maki, que contará com 72 andares quando for inaugurado oficialmente no final de 2013, se transforma no primeiro prédio a ser construído do novo World Trade Center

Nova York testemunhou nesta segunda-feira o término da construção do primeiro arranha-céu do novo World Trade Center (WTC), a Torre 4, quase 11 anos depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que destruíram as Torres Gêmeas e tiraram a vida de quase 3 mil pessoas.
"Sempre achei que o novo World Trade Center seria um sucesso, e sempre acreditei no sul de Manhattan. Em pouco mais de um ano, a Torre 4 do WTC será a última novidade de nosso bairro", disse o corretor imobiliário Larry Silverstein, que obteve um contrato para alugar o complexo por 99 anos antes do 11-9.
Acompanhado de políticos como o republicano Peter King e quase uma centena de trabalhadores que participaram da construção do edifício, Silverstein e os demais presentes inscreveram seus nomes sobre a última viga da torre, que também foi assinada pelo presidente americano, Barack Obama, em sua última visita ao local antes conhecido como Marco Zero de Nova York.
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sábado, 23 de junho de 2012

Ações sustentáveis nas arenas da Copa do Mundo são apresentadas durante a Rio+20


Estádio Nacional de Brasília deve ter maior estrutura de captação de energia solar, enquanto Mineirão contará com reservatório de seis milhões de litros de água

Projeto do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília-DF

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, as arenas da Copa do Mundo de 2014 serviram como exemplo de construções que adotam práticas relacionadas à preservação do meio ambiente. Das 12 sedes de partidas do Mundial que acontecerá no Brasil daqui a dois anos, dez já solicitaram a certificação LEED (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental), emitida pela organização não governamental Green Building Council (GBC).

O representante do GBC, Felipe Faria, ressaltou a atuação governamental no setor. O BNDES, por exemplo, desenvolveu duas linhas de crédito, a Procopa Turismo e a Procopa Arena, que atrelaram benefícios no financiamento ao compromisso da busca por uma certificação ambiental. "O governo está mostrando à iniciativa privada quais são as direções da construção civil no Brasil. Estamos otimistas para a Copa e para as Olimpíadas", disse.

Na busca pelo "selo verde", a reforma do estádio Mineirão, em Belo Horizonte, terá captação de água da chuva, que será enviada para um reservatório com capacidade de seis milhões de litros. Segundo Faria, o Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, único projeto dentre as arenas da Copa que busca a mais alta das quatro certificações do LEED, contará com 9,6 mil painéis solares e vai se tornar a maior estrutura de captação de energia desse tipo no país, com capacidade instalada de gerar 2,5 megawatts de energia.

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sábado, 16 de junho de 2012

Plano da Petrobras aumenta investimento em energia suja

Em plena realização da Rio+20, conferência da ONU que tem entre seus objetivos encontrar formas de reduzir as emissões de gás carbônico na atmosfera, a Petrobras anunciou ontem um plano de negócios que aumenta os investimentos em combustível fóssil (petróleo e gás) e reduz na área de biocombustíveis (etanol e biodiesel).

O plano de negócios da petroleira para o período 2012-2016 teve um aumento de 5,2% em relação ao de 2011-2015, atendendo aos pedidos do governo federal para que as estatais aumentem seus investimentos.





Até 2016 a empresa deve investir US$ 236,5 bilhões (R$ 416,5 bilhões), contra os US$ 224,7 bilhões previstos no plano anterior.

Dessa maneira, o desembolso anual passará de US$ 44,9 bilhões para US$ 47,3 bilhões, alavancando mais a economia.

Do total de investimentos previstos no plano, 60% (US$ 141,8 bilhões) vão para a área de Exploração e Produção, um aumento de três pontos percentuais em relação ao plano anterior.

A participação dos biocombustíveis nos investimentos da empresa, no entanto, caiu de 2% para 1,6%, deixando clara uma mudança de foco na empresa que, no plano anterior, previa aumentar de 5% para 12% sua participação no mercado de etanol.

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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Revestimento "gelofóbico" não congela nunca



Engenheiros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descobriram uma forma de tornar qualquer superfície metálica imune ao acúmulo de gelo.
A descoberta terá impactos em uma série de aplicações, de geladeiras a turbinas eólicas, passando pela fuselagem de aviões e pelos telhados em países frios.
O resultado é um melhoramento em relação a um feito anterior da equipe, que havia criado uma superfície que repele as gotas de água antes que elas congelem.
Mas o tratamento das superfícies então desenvolvido não dava bons resultados em condições de elevada umidade, como quando a superfície é atingida por neblina ou condensação (embaçamento).
Nesse meio tempo, a equipe da professora Joanna Aizenberg criou omaterial sintético mais escorregadio do mundo, que o grupo batizou de SLIPs, "escorregar" em inglês, mas também uma sigla para Slippery Liquid-Infused Porous Surfaces - superfícies escorregadias porosas com infusão líquida.

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

É possível deixar a sua casa ou imóvel um pouco mais sustentável ?

O público que estiver no Rio de Janeiro para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) poderá conhecer um sistema integrado de produção orgânica. A Fazendinha Agroecológica Km 47, onde são realizadas pesquisas em ciências agrárias, vai abrir as portas aos participantes do evento da ONU entre os dias 18 e 22 deste mês.
Localizado no município de Seropédica, a cerca de 60 km do centro do Rio, o projeto é uma pareceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio (Pesagro-Rio).
Nos cinco dias de visitação, durante a Rio+20, um ônibus será disponibilizado pelo Ministério da Agricultura para levar os visitantes ao projeto. Para se inscrever, os interessados devem enviar e-mail para riomais20@cnpab.embrapa.br com as seguintes informações: nome, profissão, instituição a que está ligado e telefone. Outras informações podem ser obtidas no número (21) 3441-1538.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Rio terá projeto de reuso industrial de água, um dos temas da conferência do desenvolvimento sustentável




Rio de Janeiro – A água, um dos temas em debate na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), programada para junho, é um produto em processo de crescente escassez e de degradação – principalmente em consequência da poluição que atinge rios e mananciais em todo o mundo.
No Brasil, o estado do Rio começa a desenvolver um projeto de reuso industrial da água. A vazão total prevista para o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), na região metropolitana da capital, alcançará 1,5 mil litros por segundo, o que equivale a 47,3 bilhões de litros por ano – quantidade suficiente para o consumo de uma cidade com 750 mil habitantes. O projeto consiste em usar estações de tratamento (no caso a de Alegria, no Caju, zona portuária da cidade) a fim de reaproveitar os efluentes, transformando-os em água própria para reuso pela indústria.
Acordo nesse sentido foi firmado entre a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e a Petrobras. Pelos termos do contrato, caberá à Cedae o investimento para a implantação do projeto e à Petrobras o pagamento da tarifa pelo fornecimento de água, que se destinará a atender à demanda do Comperj e está sendo construído em Itaboraí (RJ).

Construção Sustentável (Ministério do Meio Ambiente)



Reconhecidamente, o setor da construção civil tem papel fundamental para a realização dos objetivos globais do desenvolvimento sustentável. O Conselho Internacional da Construção – CIB aponta a indústria da construção como o setor de atividades humanas que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, gerando consideráveis impactos ambientais. Além dos impactos relacionados ao consumo de matéria e energia, há aqueles associados à geração de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Estima-se que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes da construção. Tais aspectos ambientais, somados à qualidade de vida que o ambiente construído proporciona, sintetizam as relações entre construção e meio ambiente.

Na busca de minimizar os impactos ambientais provocados pela construção, surge o paradigma da construção sustentável. No âmbito da Agenda 21 para a Construção Sustentável em Países em Desenvolvimento, a construção sustentável é definida como: "um processo holístico que aspira a restauração e manutenção da harmonia entre os ambientes natural e construído, e a criação de assentamentos que afirmem a dignidade humana e encorajem a equidade econômica". No contexto do desenvolvimento sustentável, o conceito transcende a sustentabilidade ambiental, para abraçar a sustentabilidade econômica e social, que enfatiza a adição de valor à qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades.

Os desafios para o setor da construção são diversos, porém, em síntese, consistem na redução e otimização do consumo de materiais e energia, na redução dos resíduos gerados, na preservação do ambiente natural e na melhoria da qualidade do ambiente construído.

Para tanto, recomenda-se:
    • mudança dos conceitos da arquitetura convencional na direção de projetos flexíveis com possibilidade de readequação para futuras mudanças de uso e atendimento de novas necessidades, reduzindo as demolições;
    • busca de soluções que potencializem o uso racional de energia ou de energias renováveis;
    • gestão ecológica da água;
    • redução do uso de materiais com alto impacto ambiental;
    • redução dos resíduos da construção com modulação de componentes para diminuir perdas e especificações que permitam a reutilização de materiais.

Vidro ultrafino pode viabilizar telas de enrolar



A empresa Corning, fabricante de vidros especiais, lançou um vidro ultrafino que pode ser até enrolado ao redor de um objeto.
O produto vem em duas versões: comum e recoberto com ITO - óxido de índio dopado com estanho, o condutor transparente usado nas telas sensíveis ao toque.
Assim, além das telas de celulares e tablets, devido à sua flexibilidade, o novo vidro poderá ser utilizado para viabilizar outros tipos de tela.
Embora afirme que o vidro de enrolar possa ser fabricado com até 0,05 milímetro de espessura, a empresa colocou no mercado versões com 0,2 e 0,1 milímetro, que serão vendidas em rolos de até 300 metros.
Telas flexíveis
A descoberta desse tipo de vidro especial ultrafino é atribuída a Steve Jobs, ou à Apple, que contratou a Corning para o desenvolvimento da tela do primeiro iPhone, em 2006.
Embora provavelmente seja adotado pelos aparelhos eletrônicos atualmente no mercado, um vidro de enrolar não é versátil o suficiente para a fabricação de telas realmente flexíveis, que poderão até ser dobradas.


Richa autoriza obras em 12 mil quilômetros de rodovias estaduais



O governador Beto Richa homologou nesta semana licitações para a execução de obras de conservação e manutenção de 11,8 mil quilômetros da malha rodoviária estadual. Serão investidos cerca de R$ 840 milhões nas intervenções. 


As obras fazem parte do Programa Estadual de Recuperação e Conservação de Estradas (PERC) e serão executadas pelas regionais do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel. 

“Temos o compromisso de manter as rodovias estaduais conservadas e em qualidade suficiente para assegurar a competitividade do Estado e a integração viária segura entre as regiões”, disse o governador.


O programa foi dividido em três segmentos. O primeiro é denominado de Conservação e Recuperação Descontínua com Melhoria do Estado do Pavimento. Com recursos de R$ 410 milhões, essa etapa contempla dois mil quilômetros de rodovias em elevado processo de deterioração. 


A maioria desta malha serve como corredor de transporte regional ou estadual. O objetivo do programa é alcançar 85% de nível bom e muito bom nas condições do pavimento. Os restantes 15% deverão estar, pelo menos, em nível razoável. Com isso o Estado eliminará rodovias em situações consideradas como ruim ou péssimo. 

O segundo segmento é o de Conservação de Pavimentos e tem previstos mais R$ 290 milhões. Neste programa os serviços serão basicamente a execução de reparos em pequenos segmentos descontínuos, principalmente para melhoria da drenagem. 

O trabalho será estendido por aproximadamente oito mil quilômetros de rodovias estaduais pavimentadas que apresentam atualmente menor grau de deterioração (entre 8% a 12%). O objetivo do planejamento é reduzir esta margem e conservar a qualidade da pista. 

Outros R$ 139 milhões serão investidos em serviços de limpeza dos dispositivos de drenagem, sinalização e controle da vegetação ao longo das rodovias estaduais e federais delegadas. Essa será terceira etapa e terá objetivo de garantir maior segurança com a visibilidade da sinalização. 

Investimentos para Copa aquecem construção civil


O Sebrae no Paraná mapeou o potencial de investimentos em hotéis, bares e restaurantes da cidade em virtude da Copa do Mundo FIFA 2014. O resultado do levantamento e as perspectivas de negócios para as micro e pequenas empresas (MPE) serão discutidos no seminário Oportunidades e desafios da construção civil.

O evento, no dia 20 de junho, em Curitiba, abre o calendário de ações previstas para este ano pelo programa Sebrae 2014 no estado. O objetivo é contribuir para que as MPE identifiquem oportunidades de negócios. Investimentos da iniciativa privada e obras públicas para melhorias na mobilidade urbana devem aquecer o setor na capital do estado.

O objetivo do seminário é aproximar os elos da cadeia produtiva da construção civil, como construtoras, empresas de artefatos de cimento, gesso, cerâmica, mármore, serralheria, vidraçaria, além de engenheiros e arquitetos, para debater a geração de novos negócios com a Copa do Mundo.

Para o diretor de Operações do Sebrae no Paraná, Julio Cezar Agostini, a realização do seminário é mais uma oportunidade para os empresários buscarem informações sobre o estágio das obras e o apoio da instituição para as empresas que pretendem fechar novos negócios. “No seminário, será apresentado o estudo sobre o potencial de investimentos. O evento também será importante para que os empresários conheçam o Programa Sebrae 2014 e façam a sua adesão”, diz Agostini.

O estudo, realizado pelo Sebrae, pesquisou 284 empreendimentos, em Curitiba, Ponta Grossa, região metropolitana e litoral. O levantamento mapeou os investimentos que os empresários pretendem realizar em dois anos.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Economia verde: agenda obrigatória

São Paulo concorreu com várias cidades do mundo e venceu: a reunião do Sustainable Building and Climate Initiative (SBCI), organismo ligado ao Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), será realizado na capital paulista nos dias 12 e 13 deste mês.


Dedicado a estudos e pesquisas referentes à construção sustentável e ao clima, o SBCI é o fórum em que são discutidas questões relevantes para que o setor se desenvolva de forma perfeitamente alinhada às premissas da sustentabilidade.

Serão duas iniciativas. Dia 12, ocorre a assembleia dos membros do organismo na sede do Secovi-SP, entidade co-organizadora ao lado do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), do Ministério das Cidades, da Secretaria da Habitação do Governo do Estado de São Paulo, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano e da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, com apoio institucional do Sesc-SP e apoio local da Viação Metropolitana. É uma reunião técnica, em que grupos temáticos analisam diversos assuntos específicos.

Já o segundo dia do evento - e o que é um fato inédito - será aberto ao público. A sede do Sesc-Pinheiros dará lugar a ampla discussão em simpósio sobre o tema Eficiência no Uso de Recursos e Economia Verde: Oportunidades para Edifícios e Cidades Sustentáveis.

Uma vez que o simpósio antecede a Rio+20, estarão presentes figuras emblemáticas dentre aquelas que se destacam no campo da sustentabilidade em âmbito mundial.

O presidente da Unep, Arab Hobollah, vai focalizar o potencial e as oportunidades que um edifício pode gerar em termos de economia, meio ambiente, eficiência no uso de recursos e responsabilidade social. Conforme dados da Unep, o setor da construção representa quase 10% de muitas economias, pois é nas edificações que as pessoas vivem, trabalham e se divertem.

Na visão do Secovi-SP, esse porcentual pode ser maior, tendo em vista que a função econômica dos empreendimentos imobiliários impacta diretamente o Produto Interno Bruto de um país. Isso não na produção dos imóveis, que movimenta diferentes indústrias e emprega milhões de trabalhadores, mas, também, na operação dos edifícios, que absorve elevado quadro de mão-de-obra, e na função que desempenham, além da moradia propriamente dita. São empresas, escritórios de diversos portes, shopping centers, escolas, fábricas, centros de convenção, hospitais, enfim, uma infinidade de equipamentos urbanos que geram divisas.

Ao analisarmos todos os efeitos do funcionamento da indústria imobiliária, teremos aí um cenário extremamente pujante e, ao mesmo tempo, preocupante, avaliados puramente os aspectos da sustentabilidade. Afinal, a operação desses edifícios considera adequadamente os pilares ambiental, econômico e social? Em caso negativo, que medidas podem ser adotadas para mitigar efeitos indesejáveis? O que é possível aplicar nos empreendimentos já em operação? E como projetar novos imóveis que contemplem recursos e soluções sustentáveis?

Outra importante participação no simpósio é a do economista indiano Pavan Sukhdev, apontado como o "Adam Smith da economia verde". Em sua exposição, o economista mostrará como fazer a necessária transição para um sistema econômico sustentável. Ele apregoa "o fim da invisibilidade econômica do meio ambiente", o que, define, "não significa colocar um preço sobre o valor da natureza, mas ampliar a consciência de todos para o custo dos impactos sobre o capital natural e social". Segundo Pavan, a pobreza está conectada à destruição da natureza.
domingo, 3 de junho de 2012

Hidrelétrica de Paracambi, no Rio de Janeiro, é inaugurada

A cidade de Paracambi, no Rio de Janeiro, inaugurou no dia 31 de maio uma nova hidrelétrica, com capacidade de produção de 25 megawatts e abastecimento de 50 mil residências. A Pequena Central Hidrelétrica Paracambi (PCH) faz parte do Complexo de Lajes, formado pelas hidrelétricas de Fontes Novas, Nilo Peçanha e Pereira Passos. Além de Paracambi, a usina também atenderá as cidades de Itaguaí e Piraí.

Hidrelétrica concluída em 30 meses, no Rio de Janeiro

A primeira etapa de execução da obra foi o barramento da margem direita do Rio Ribeirão das Lajes. Esta etapa foi concluída em terreno seco, já que a curvatura do rio fez com que não fosse necessária a interferência em seu leito. A terraplanagem removeu todo o solo até chegar à camada de rochas a 12 metros de profundidade.

Depois de alguns testes de qualidade da rocha e reforço das mesmas com injeção de cimento, foi construída a barragem da margem direita e as estruturas de concreto de 29 metros de altura: tomada d'água de quatro vãos, responsável pela captação de água; dois vertedouros da barragem, que escoam a vazão não turbinada do rio, além de casas de força. Para a execução dos pilares do vertedouro, foi usado o sistema de fôrmas deslizantes. 

Ao final desta etapa, foi iniciado o desvio de 200 metros do rio pelos dois vãos dos vertedouros, possibilitando a construção da barragem da margem esquerda. Para o desvio, foi primeiramente removido um septo de jusante (lado do curso de água em direção à foz). A água começou a penetrar neste terreno, formando um canal. O septo de montante (lado do curso da água em direção à nascente) foi então removido, fazendo com que água passasse pelo leito natural do rio e pelos vãos do vertedouro.

A terceira fase da obra envolveu o lançamento de duas ensecadeiras - pequenas barragens provisórias de rocha, que desviam o rio para secar a região de implantação da estrutura. Mesmo depois de lançar a rocha no rio, um pouco de água continua passando e assim, para concluir a vedação, foi lançado argila sobre a rocha. Essas barragens de rocha e argila também possuem areia, funcionando como um filtro que retém a água.

Na quarta e última fase, foram construídas duas ogivas de concreto nos vão do vertedouro, além da montagem das comportas da estrutura e o desvio completo do rio. Para que isso acontecesse, os vãos do vertedouro foram fechados, sem comprometer a vazão mínima do rio, de 120 m³/s.