quarta-feira, 30 de maio de 2012

MCMV comprova potencial dos painéis portantes

Por ser totalmente pré-moldada, a construção com painéis
 portantes requer estudo de viabilidade antes de ser contratada.

Entre 2010 e 2011, a tecnologia de painéis portantes ganhou impulso significativo com o programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Nesses dois anos, no auge da produção, chegaram a ser construídos até 42 apartamentos por dia, em todo o país, utilizando o sistema que, como o nome diz, permite viabilizar obras através de estruturas de concreto armado. O que o tornou atraente foram a redução de tempo e de mão de obra para construir empreendimentos. “Se bem planejado e executado, se a arquitetura for adequada, se a empresa estiver comprometida, e tiver o sistema em seu DNA, com certeza a tecnologia reduz custo, tempo e mão de obra”, avalia o engenheiro Augusto Guimarães Pedreira de Freitas, impulsionador da tecnologia em construções com painéis portantes.


No Brasil desde 1978, o sistema foi importado da Alemanha, onde no pós-guerra ajudou a reconstruir o país europeu. O modelo também está popularizado na Rússia, Espanha, Cuba, França, Índia, Colômbia e Venezuela. Na construção civil brasileira, no entanto, não é considerado uma tecnologia convencional. Por isso, quem se propõe a empreendê-la necessita da Datec/Sinat. Atualmente, no país, apenas duas construtoras têm aprovação para utilizá-la. “A questão toda é a via sacra a ser cumprida no ritual de aprovação pelo Datec/Sinat: apresentação de material, contratação, ensaios, análise, inspeções. Tudo é muito demorado, mesmo sabendo-se o resultado que vai dar. Afinal, é tudo parede de concreto”, revela Augusto Guimarães Pedreira de Freitas.

O sistema exige alto investimento inicial em fôrmas, equipamentos de produção e montagem, além de treinamento. Por ser totalmente pré-moldada, a construção compainéis portantes requer também estudo de viabilidade antes de ser contratada. “Investigamos a forma de construir e o comprometimento com a qualidade. A tecnologia não pode ter falhas que seriam aceitas numa estrutura convencional, pois isso exigirá reforços caros e gerará patologias que podem vir a comprometer a aceitação por parte do usuário final. É um sistema com restrição de uso. Por isso, não oferecemos para qualquer cliente. Então, não se deve buscar o sistema de painel portante como algo mágico. Porém, se bem aplicado ele traz resultados significativos”, destaca o especialista.

A construção com painéis portantes pode ser feita com concreto convencional com abatimento alto, mas é recomendável o concreto autoadensável. Eles também podem ser produzidos fora do canteiro de obras ou “in loco”. “Se temos várias obras num raio de até 50 quilômetros, e possibilidade de compensação de impostos para não existir bitributação, compensa uma central de produção. Se temos um empreendimento grande, com mais de 1.000 unidades, é recomendável viabilizar uma usina no canteiro”, diz Pedreira de Freitas, afirmando que, em média, cada painel tem 4 metros de largura. “Isso não quer dizer que não possamos produzir painéis maiores, sejam em formas horizontais (podendo ser em pista) ou através de baterias maiores e mais reforçadas”, completa o engenheiro, ressaltando que o modelo permite erguer edifícios com até 10 pavimentos.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Bateria elétrica da Europa está nos Alpes suíços

Muitos países europeus decidiram abandonar o átomo e investir em energias renováveis, embora muito irregulares como o vento e o sol. Os reservatório de acumulação de água dos Alpes suíços podem compensar a flutuação das energias eólica e solar na Europa.

Os reservatórios de acumulação de água representam a tecnologia mais
econômica para estocar grandes quantidades de energia

Montanha nevada, geleira, riachos gelados que descem para o vale, rios que banham e irrigam o solo europeu: os Alpes suíços sempre foram uma das fontes de água mais importantes da Europa. No futuro poderão servir ainda de fonte energética para estocar e redistribuir eletricidade a outros países europeus nas horas de maior demanda.

A estocagem de energia elétrica constitui de fato um dos principais problemas a serem resolvidos nas próximas décadas. Para lutar contra as mudanças climáticas, os países da União Europeia (UE) fixaram objetivos ambiciosos: até 2020, a energia renovável deve fornecer 20% da energia total consumida e 33% da eletricidade. Essa quota deve aumentar sensivelmente até 2050, até porque vários países europeus decidiram renunciar à energia atômica.

O abandono do nuclear e a redução do consumo de combustíveis fósseis serão compensadas pelas energias eólica e solar. Essas duas formas de energia são limpas, mas bastante irregulares e imprevisíveis. Como garantir o abastecimento de eletricidade quando falta sol e vento? 


Grande reserva de eletricidade

“Graças à sua posição central e à capacidade flexível de produzir energia hídrica, a Suíça pode ter um papel importante na distribuição de eletricidade aos consumidores da UE, quando não tem vento no norte da Europa e falta sol no Sul”, já havia sublinhado o antigo Comissário Europeu para a Energia, Günther Oettinger.

De fato, nas montanhas suíças existem quase 200 reservatórios de acumulação e bombeamento de água, que representam a tecnologia mais barata e eficaz para armazenar grande quantidade de energia elétrica. Represas e lagos artificiais podem ser enchidos e a água depois desce para a planície para produzir eletricidade no momento de carência de outra fonte energética.

Hoje essas centrais são usadas para regular a produção de energia elétrica na Suíça, mas no futuro podem ainda compensar a lacuna energética que ocorre em outros países europeus. Em relatório apresentado em 28 de abril, último sobre a nova estratégica energética 2050, o governo suíço propõe utilizar esse sistema de acumulação e de bombeamento como bateria elétrica para a Europa.


Principais obras urbanas em cinco cidades da Copa ainda não começaram e estão atrasadas


Em cinco das 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, as principais obras de mobilidade urbana planejadas para ficarem prontas antes do Mundial ainda não começaram e correm o risco de não ficarem prontas a tempo. Todas as intervenções constam na Matriz de Responsabilidades da Copa, assinada em janeiro de 2010 por governo federal, estados e municípios que receberão jogos da competição.
As cidades com as obras ainda por começar são Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Fortaleza (CE),  Manaus (AM) e Porto Alegre (RS).
Na capital mineira, um corredor de ônibus nas avenidas Pedro II e Carlos Luz deveria ter começado a ser construído em março deste ano, mas permanece sem previsão de data para começar.

BELO HORIZONTE


A avenida Pedro II, via de ligação entre o centro da capital mineira e a
região do estádio do Mineirão, aguarda o início da construção de um
 corredor de 12 km exclusivo para ônibus.
O corredor exclusivo será de uma faixa em cada sentido, terá 17 estações e 12 quilômetros de extensão. As avenidas Pedro II e Carlos Luz são uma importante via de ligação entre o centro da Cidade e o Mineirão, que fica na região da Pampulha. Também dá acesso aos morodores da região Noroeste da cidade ao Anel Viário de Belo Horizonte. Atualmente, a avenida Pedro II é uma das mais congestionadas do município.
Segundo o planejamento inicial, constante na Matriz de Responsabilidades, a obra deveria ter começado em janeiro e ser concluída em outubro deste ano. A prefeitura assinou o contrato para sua construção no dia 16 de março deste ano. Em abril, os dados foram revistos pela prefeitura de Belo Horizonte, que passou a anunciar o início da obra para aquele mesmo mês de abril, e a conclusão passou a ser prevista para agosto de 2013.
O valor total da obra é de R$ 233, 5 milhões, sendo R$ 146 milhões financiados pela Caixa Econômica Federal e uma contrapartida do município de R$ 87,5 milhões.
Já em Brasília, os últimos atrasos anunciados em uma nova licitação para a obra do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), no fim do mês de abril, inviabilizaram definitivamente sua conclusão para a Copa. A obra começou em 2009.
Por estar presente na Matriz, o VLT de Brasília é financiado com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e oferece prazos mais longos e juros menores aos praticados no mercado. Dos R$ 277 milhões previstos para serem gastos na obra, R$ 263 milhões vêm dos cofres federais. Apesar de não existir mais chance do VLT ser utilizado na Copa, a Matriz atualizada do Ministério do Esporte não retira os recursos e as condições de pagamento da obra de Brasília.
quarta-feira, 23 de maio de 2012

Custo da transposição do São Francisco quase dobrou em 5 anos



Reajustes contratuais, compensações ambientais e desapropriações foram as principais causas do aumento do custo da obra de transposição do rio São Francisco, que passou de uma estimativa de R$ 4,8 bilhões em 2007 para R$ 8,2 bilhões atualmente. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, deu explicações nesta terça-feira na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre o aumento nos valores da obra.
Segundo ele, os reajustes contratuais significaram aumento de 30% entre 2007 e 2012, fruto dos indicadores previstos nos contratos. Os custos de compensações ambientais, que tinham estimativa de R$ 400 milhões no início da obra, passaram para cerca de R$ 1 bilhão, de acordo com Bezerra. E a previsão de gastos com desapropriações, que era R$ 40 milhões, vai chegar a R$ 100 milhões. Cerca de 1,8 mil desapropriações já foram realizadas para a obra.
Quando o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi lançado, em 2007, a previsão era de que o eixo leste fosse concluído até junho de 2010 e o eixo norte, em dezembro de 2012. No ano passado, o custo da obra foi reestimado para 6,9 bilhões e, hoje, o valor já passou para R$ 8,2 bilhões, com a previsão de conclusão, segundo o ministro, para dezembro de 2014 do eixo leste e para segundo semestre de 2015 do eixo norte.
De acordo com o ministro, o primeiro edital de saldo remanescente para a conclusão da obra será lançado em junho, e o processo de licitação deve estar concluído até dezembro. A expectativa é que, no final do ano, a obra esteja sendo realizada com sua capacidade máxima. Os 16 lotes atuais serão transformados em seis frentes de trabalho, o que, segundo Bezerra, vai dar mais agilidade à obra.
O Projeto de Integração do rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional tem como objetivo assegurar a oferta de água a cerca de 12 milhões de habitantes de 390 municípios do agreste e do sertão dos Estados de Pernambuco, do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.
A obra está dividida em duas partes. O eixo leste, com 220 km, prevê a construção de canal, estações de bombeamento, reservatórios, túneis e aquedutos entre os municípios de Monteiro e Floresta, ambos na Paraíba. No eixo norte, que tem 402 km, o trabalho será realizado entre as cidades de São José de Piranhas (PB) e Cabrobó (PE).


Bezerra destacou a importância da obra pra a região, especialmente neste momento em que o Nordeste enfrenta uma das mais severas estiagens dos últimos anos. Segundo ele, cerca de 30 obras estão sendo realizadas para a distribuição de água no Semiárido nordestino. O ministro disse que o governo já alocou cerca de R$ 25 bilhões em obras de infraestrutura hídrica dentro do PAC. "Essa é uma decisão da presidenta Dilma, de universalizar o acesso à água em todo o país, especialmente no Semiárido nordestino".

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cal hidratada assegura solidez e qualidade das construções


Produto surgiu muito antes da invenção do cimento, o que só ocorreu em 1824
 

Desde que o homem descobriu as propriedades aglomerantes da cal, nenhum outro material mostrou tanta versatilidade em suas finalidades de uso na construção civil. Produto obtido a partir da calcinação da rocha calcária a altíssimas temperaturas, a cal, desde a antiguidade, é usada para unir e revestir as alvenarias das construções, devido ao poder aglomerante e à durabilidade que acrescenta às argamassas.

A argamassa mais comum hoje utilizada na construção civil é feita com areia, água, e uma combinação de dois aglomerantes: cimento e cal hidratada. Essa combinação forma uma dupla perfeita: enquanto o cimento endurece ao reagir com a água da mistura, a cal hidratada tem endurecimento pelo contato com o ar. A cal absorve e reage com o gás carbônico presente no ar, o que a transforma num carbonato tão sólido quanto a rocha calcária que a originou.
 
A receita de uma boa argamassa é simples
A proporção da mistura dos componentes é definida por números que expressam as quantidades relativas de cimento : cal : areia em volume. As proporções mais usadas em assentamento de alvenaria e revestimento de paredes são de uma parte de cimento, por duas de cal e nove de areia, o tradicional “traço” (formulação) 1:2:9, bem conhecido pelos pedreiros. Outro “traço” muito usado é o 1:1:6 (uma parte de cimento, uma de cal e seis de areia), indicado para o revestimento externo de paredes.
domingo, 6 de maio de 2012

Projetos de moradias mistas unem moradores de alta e baixa renda







Moradias mistas unem famílias de diversas classes sociais em locais estratégicos de metrópoles, garantindo acesso ao transporte público e outros meios, que são mais difíceis nas periferias das cidades.

É um projeto de inclusão, onde a prefeitura auxilia empresas privadas, reservando uma parcela dos apartamentos a pessoas de baixa renda, e o restante é vendido a preço de mercado (muitas vezes é um valor alto, devido à localização dos imóveis).

Projeto de moradias mistas em São Paulo:
Vídeo 1

Nova York no conceito de moradias mistas:
Vídeo 2

sábado, 5 de maio de 2012

Autoavaliação da UFPR - até sábado, 5 de maio



A COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA UFPR é responsável pela coordenação e condução da Política de Autoavaliação da UFPR atendendo aos preceitos legais que determinam que toda regulação se faça de modo articulado. Desta forma a autoavaliação é um instrumento obrigatório e tem caráter permanente.

"A autoavaliação da UFPR orienta-se pelas Dimensões e Diretrizes do SINAES/CONAES e objetiva promover autoconhecimento sobre a realidade institucional, ser o instrumento que orienta o planejamento e gestão universitária com vistas a atingir excelência através do aprimoramento dos processos e incentivando a participação efetiva dos públicos interno e externo."

Em suma, a autoavaliação é uma ferramenta importante para promover a melhoria da nossa Universidade.

O formulário pode ser acessado no link http://www.cpa.ufpr.br/avaliacao/

O prazo para preencher o formulário encerra dia 5 de maio.
terça-feira, 1 de maio de 2012

Encontro regional dos grupos PET - SulPET


Neste final de semana prolongado, de 28 a 30 de abril, o PET Engenharia Civil, junto com outros PET's da UFPR (Farmácia, Odontologia, Ciências da Computação, Engenharia Florestal, Engenharia Elétrica e Matemática) participou do "XV Encontro regional dos grupos PET -  SulPET", na cidade de Maringá-PR. Além da UFPR, outras 18 instituições de ensino superior do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul participaram do evento, que mobilizou cerca de 800 estudantes.

A anfitriã UEM (Universidade Estadual de Maringá) proporcionou aos estudantes petianos das diversas universidades do sul do Brasil uma ótima integração ao decorrer do evento, que busca aprofundar os conhecimentos relativos à história, filosofia e perspectivas dos grupos PET, a partir da reconstrução continuada de sua identidade.

Através dos encontros PET (estadual, regional e nacional), transmite-se a política, a cultura,   as dificuldades, as conquistas e o histórico do Programa de Educação Tutorial, bem como sua evolução ao longo dos anos de existência de cada grupo. É uma grande oportunidade de não se perder a identidade e o caráter do programa, uma vez que há, sempre, novos petianos presentes nos eventos, contribuindo para disseminar os valores do PET para futuras gerações. 

No XV SulPET, foram discutidos diversos GT's (Grupos de Trabalho) referentes ao programa e sua logística frente a órgãos superiores que interligam o PET ao MEC (Ministério da Educação e Cultura). Houve ainda a assembleia dos petianos e assembleia dos tutores, onde discutiram, separadamente, as vertentes do programa e maneiras para melhorá-lo.

Em âmbito interativo, o "Encontro por Áreas" reuniu os petianos de áreas específicas do conhecimento, como no das Engenharias. Neste encontro, troca-se informações entre PET's que possuem similaridades na graduação, conhecendo projetos que tiveram grande repercussão em outras universidades e sugestões provenientes de petianos da mesma área. Além dessa troca de experiência, os alunos podem, através de uma conversa descontraída, encontrar meios de melhorar o desempenho do seu grupo na sua universidade presentes em outros PET's.

Ainda na área técnica do evento, são expostos painéis sobre projetos políticos e de auxílio à graduação referentes ao PET para outros petianos. São especificados objetivos, metodologia, participação e procura entre os estudantes de cada curso.

Dentro das apresentações culturais ao longo do evento, no sábado, houve uma "palestra musicada" - Brasil, século XX: ao pé da letra da canção popular - com a professora e petiana ex-bolsista Luciana Worms, ganhadora do Prêmio Jabuti 2003. No domingo, durante o Jantar de Congraçamento, foram exibidas diversas apresentações culturais, como danças típicas gaúchas (com traços europeus), catarinenses e Taiko (referente a Maringá, devido à grande influência da cultura japonesa na cidade).

Os alunos representantes do PET Civil da UFPR - Adriel, Ana Julia, Diego, Gabriel (egresso), José Roberto, Jullian, Kemmylle, Mikael, Sabrina, Targus, Thomás -  ficaram alojados no Colégio Estadual Santa Maria Goretti, junto com as representantes do PET Farmácia.

O próximo SulPET ocorrerá na cidade de Rio Grande-RS, tendo a Universidade Federal do  Rio Grande (FURG) como organizadora.

Agradecemos aos participantes do evento e à organizadora UEM.

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